Uma nova visão sobre o glaucoma!!!

Além da pressão intraocular,
 outros fatores devem ser levados em conta a hora afastar
a sombra de uma das doenças que mais causam cegueira no mundo por Hilda Sabino 



Você só enxerga as letras e ilustrações desta reportagem graças a um longo processo que se inicia na córnea e atravessa todo o globo ocular até chegar ao nervo óptico, mensageiro responsável por transmitir luzes e cores ao cérebro. É ele que decodifica as informações e finalmente as transforma em imagens. Mas, para cerca de 1 milhão de brasileiros com glaucoma, essa meticulosa engenharia não funciona lá muito bem.
 O tal do nervo óptico sofre com lesões que evoluem devagar, até que a visão fique seriamente prejudicada. "A evolução da doença é lenta. Mas, se não tratada, seu desfecho é a cegueira total", alerta o oftalmologista Ivan Maynart, diretor do Departamento de Glaucoma da Universidade Federal de São Paulo.

A pressão intraocular até há pouco era o único fator de risco investigado na busca pelo diagnóstico precoce. Agora, novos itens entram na lista de indicadores dos primeiros passos dessa encrenca.
 Mas, cá entre nós, sob certo ponto de vista, a situação até se torna mais complicada, uma vez que os brasileiros já nem davam muita bola para a pressão dos olhos. A Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) encomendou ao Ibope um levantamento para avaliar quanto a população conhecia a doença.

"O glaucoma é a maior causa de cegueira irreversível do mundo. Ainda assim, 40% dos entrevistados acham que ele tem cura", lamenta o oftalmologista Vital Paulino da Costa, presidente da SBG. Entre os acima de 40 anos - a faixa etária que está mais sujeita a desenvolver o distúrbio -, um terço nem sequer sabe o que é glaucoma. Os dados também revelam que cerca de 50 milhões de brasileiros nunca foram a um oftalmologista. 



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