A manipulação
genética da enzima de uma bactéria deve melhorar a vida de quem não pode comer
a proteína presente no trigo, na aveia e na cevada. Pesquisadores das
Universidades de Washington e da Califórnia, ambas nos Estados Unidos,
uniram-se para criar um medicamento que permite aos celíacos consumir esses
alimentos sem as consequências desagradáveis da intolerância — dores
abdominais, diarreia crônica, flatulência e desnutrição. "Queremos
aprimorar essa enzima para que ela resista às condições ácidas do estômago e
quebre o glúten no órgão, antes de prejudicar o intestino", diz a
americana Ingrid Swanson Pultz, uma das integrantes do projeto. A molécula
conseguiu processar mais de 95% da proteína nas experiências feitas até agora.
Os testes com animais ainda não começaram, por isso a boa-nova para a turma dos
celíacos será anunciada somente daqui a alguns anos.
Entenda a
doença celíaca:
Saudável
A mucosa
do intestino delgado possui vilosidades, semelhantes a dedos, que aumentam a
superfície de absorção de nutrientes como carboidratos e proteínas, além de
ferro, cálcio e vitaminas.
Celíaco
Ao chegar ao intestino, o glúten estimula a produção de anticorpos que atrofiam esses "dedos", reduzindo a área de absorção. Por isso, a pessoa desenvolve problemas nutricionais sérios.
Ao chegar ao intestino, o glúten estimula a produção de anticorpos que atrofiam esses "dedos", reduzindo a área de absorção. Por isso, a pessoa desenvolve problemas nutricionais sérios.
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