Melhor dia para o parto e o pior dia para o parto. Existe isso?





Mães e médicos evitam partos em feriados, ignorando a importância de esperar que o bebê defina o momento certo de vir ao mundo. Entenda como as formas de nascimento interferem na saúde da mãe e do bebê por Gabriel Moro | design: Fernanda Didini | ilustrações: Anna Cunha

Um estudo feito na Universidade Harvard, nos Estados Unidos, por Alexandre Chiavegatto Filho, hoje pós doutorando na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, mostrou que ao analisar quase 2 milhões de nascimentos na capital paulista na última década, um dos dias prediletos para parto seria o Dia Internacional da Mulher, 8 de março. Já Natal e Ano-Novo são os mais rejeitados, assim como Finados, em 2 de novembro. Essas datas renegadas registram média de 360 partos cada uma, ante os cerca de 529 dos outros dias do ano. O pesquisador vê duas razões por trás dessa tendência: os pais não querem o aniversário do novo membro relacionado a uma ocasião negativa (caso do Dia dos Mortos) e têm certa resistência a passar feriados inteiros no hospital.
  A palavra final é do bebê
A ideia de que a conveniência interfere na decisão de agendar o final da gravidez ganha força ao se constatar que, entre 2001 e 2010, houve queda de 10,2% no número de mulheres que dão à luz aos domingos - dias considerados de folga. “As cesáreas permitem essas manipulações na data”, observa Alexandre Chiavegatto. “Só que, em troca da comodidade para a família, a criança pode nascer prematura”, alerta.


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