Uma ideia
simples para um problema complexo. Um não, dois. Transporte e lixo, dois dos
principais dramas da cidade grande não têm muita coisa em comum quando olhadas
sob a ótica tradicional.
Trocar lixo reciclável por créditos de
transporte público. É assim, com uma proposta tão simples que cabe em menos de
uma linha, que o designer Willian Sertório
pretende subverter a nossa relação com o
lixo que produzimos. O nome temporário Meu Lixo, Meu Transporte, foi baseado na
música “Meus Filhos, Meu Tesouro”, de Jorge Ben Jor e, por enquanto, trata-se
apenas de um projeto.
Ele inscreveu a ideia no Creative Sand
Box, plataforma de incentivo à
inovação do Google que vai dar 35 mil reais para a realização de
um projeto inédito criado por brasileiros.
Além de patrocinar, a empresar
vai emprestar um time de funcionários para ajudar na concretização da proposta.
Mesmo que não seja escolhido, Willian está feliz só pela repercussão gerada
pelo projeto: “Só queria passar essa idéia adiante, não importa quem
Como
surgiu sua ideia?
Willian Sertório: Foi na faculdade. No primeiro ano, estava
desempregado e vivia duro. Era bolsista. Um dia resolvi ir ao Bom Prato que
ficava do lado do campus. Sabia que estava tirando a vez de alguém que
realmente precisava, mas achei que a experiência seria válida. Na hora de
pagar, ou você dava R$ 1,00 ou trocava 10 latinhas por um almoço. Achei o máximo
e pensei que isso poderia se aplicar de alguma forma ao transporte público. O
ponto é: aquela refeição não custou R$ 1,00, muito menos 10 latinhas. Houve um
subsídio do governo para que aquele alimento chegasse para aquelas pessoas
naquele preço acessível e com aquela qualidade. Houve um incentivo.
Vamos torcer para dar certo.
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