Parkinson afeta 1% da população mundial acima dos 50 anos


Parkinson
afeta 1% da população mundial
acima dos 50 anos 

Uma cirurgia para estimular o cérebro de pacientes com Parkinson por
meio de descargas elétricas, até então restrita a hospitais
universitários, ganha acesso público no Hospital de Transplantes, na
capital paulista. Conhecida como DBS, a técnica consiste em colocar
eletrodos em regiões profundas do cérebro para melhorar a atividade do
órgão e reduzir os sintomas comuns como rigidez e tremores.

Com duração de 4 horas, a operação, com preço estimado em R$ 100 mil,
pode agora ser recomendada a clientes da rede pública, desde que seja
indicada pelo médico como melhor solução para o caso.

Para 70% dos parkinsonianos, o tratamento com medicamentos é suficiente
para dar conta do avanço da doença e dos sintomas. Porém, o restante
necessita de alternativas para controlar a doença. Somente 10% dos
portadores são considerados ideais para passar pela cirurgia.

"Entre 80% e 90% dos pacientes que realizaram a operação deixam de
apresentar sintomas após o procedimento, posteriormente acompanhado por
drogas", afirma Arthur Cuckier, coordenador do departamento de
neurologia do hospital.

No mesmo prédio do antigo Hospital Brigadeiro, a unidade realizou, nos
dias 8 e 9 de novembro, um evento para divulgar a técnica para mais de
100 profissionais. Aulas teóricas, cirurgias ao vivo e a prática com as
peças ao vivo foram oferecidas, com a supervisão de médicos brasileiros
e estrangeiros.

"O objetivo foi divulgar a técnica para todo o Brasil. preciso existir
mais centro de referência para tratamento da doença com essa técnica",
diz Arthur. "O trabalho de divulgação é único no Brasil, com um curso
tão especializado. A técnica não é nova, já existe em hospitais
universitários, mas agora, além de estar disponível em um local voltado
à assistência, talvez ela possa ser passada a outros centros médicos, em
todo o país."

Tremores e rigidez
O Parkinson é causado pela ausência de uma substância conhecida como
dopamina no corpo, que deixa de ser produzida com a morte de neurônios
em uma região do cérebro chamada substância negra. Os principais
sintomas são a rigidez nos movimentos e os tremores constantes no corpo.
Afeta 1% da população mundial acima dos 50 anos.

Colaboração - Edson C. Queiro
Reportagem - www. G1.com.br




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