"O soro é a parte líquida do leite. As pessoas podem perguntar: 'Como,
se o leite todo é líquido? '. Sim, ele é líquido, mas é a emulsão de várias
substâncias dentro de um líquido. Separando a parte branca, fica a água do
leite", esclarece a nutricionista.
Ciência pura que dá para fazer em casa. Mas atenção: não é qualquer leite
que carrega o segredo do soro da memória. Leites de caixinha e em pó não
funcionam. De acordo com os cientistas, o processo industrial acaba com os
preciosos ingredientes que agem no cérebro. A pesquisadora recomenda o leite em
saquinho, tipo A ou B.
Anote aí a receita do soro:
- Para cada litro de leite, misture o suco de um limão inteiro.
- Deixe descansar de quatro a doze horas até coagular.
- Depois, separe a parte sólida da líquida com uma peneira bem fina. O que sobra é o soro da memória.
- Deixe descansar de quatro a doze horas até coagular.
- Depois, separe a parte sólida da líquida com uma peneira bem fina. O que sobra é o soro da memória.
"Ele é insípido, não tem gosto. Um gole não faz grande feito. O importante
dos alimentos que servem como coadjuvantes da saúde é que eles sejam consumidos
com o tempo. Estudos mostram que em três meses nota-se uma diferença na memória
e no sono. Tomando meio copo antes de dormir durante três meses, há uma
diferença interessante. Você vai conseguir descansar melhor, deixar o cérebro
mais tranqüilo. Em conseqüência disso, vai ter um melhor aprendizado das
tarefas que você realiza", diz a nutricionista.
Dura de três a cinco dias na geladeira. Também pode ser congelado. O processo
é bem parecido com o que acontece nas fábricas de queijo. Mas qual é o destino
dos milhões de litros de soro que o Brasil produz todos os dias? Na Europa, por
exemplo, o soro do leite tem destino nobre: ele é transformado em pó e
adicionado a massas e biscoitos e também vendido nos mercados como bebida para
crianças e adultos.
No Brasil, apesar de a ciência já conhecer os poderes do
alimento, o soro da memória acaba na grande maioria das vezes jogado aos
porcos.
Só em uma fábrica de queijo 70 toneladas por mês vão para o carro-pipa da
fazenda da suinocultura Karmen Scheuer,
em Marques de Souza, Rio Grande do Sul. Todo dia tem carregamento.
"Quatro mil litros custam R$ 20. É barato, mas é uma ajuda para
laticínios. Se quiséssemos, poderíamos conseguir de graça, porque eles têm
problemas com o meio ambiente. Eles têm que dar sumiço ao produto que sobra. É
um lixo dos laticínios", diz a suinocultura.
http://grep.globo.com/Globoreporter/0,19125,VGC0-2703-20342-3-331559,00.html
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